...
A côr da rosa emigra, quando
definhada emurchece, montada
num corvo, rumo ao vermelho universal?
E a paixão? Se eu não
amasse mais para onde iria a
minha queimadura?
A côr recolhe ao branco primordial,
corpo da luz onde todos os brilhos
se confundem. O amor esse é a gota
que reflue ao cósmico oceano
donde alada e tímida emergiu do tempo.
beijei a face do silêncio
ajoelhei-me sobre a solidão:
jorrou um limiar, uma presença
e me outorgou as asas do amor
para formular a súplica.
ADALBERTO ALVES